A principal vantagem oferecida pelos 14 centros integrados de comando e controle que estão sendo  instalados nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo é que vão facilitar as tomadas de decisão sobre segurança pública pela possibilidade de os gestores da área terem  uma “consciência situacional [habilidade de ler situações e interpretar o comportamento das pessoas em tais momentos] a respeito dos acontecimentos de uma cidade, em cada localidade”.

A avaliação foi feita nessa ultima semana pelo gerente do Projeto  Sistema Integrado, da Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos (Sesge) do Ministério da Justiça, Jorge Oliveira.

Oliveira disse que a consciência situacional  vai facilitar e melhorar a tomada de decisão. “Esse é o objetivo principal dos centros, reunindo em um único local operadores de diversos órgãos, como Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Rodoviária  Federal, Polícia Federal, Guarda Municipal e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência [Samu],  por exemplo”.

Segundo Oliveira, o Consórcio Brasil Seguro, vencedor da licitação promovida no ano passado pela Sesge para fornecer soluções de tecnologia da informação (TI) serviços e infraestrutura aos 14 centros, previstos nas 12 cidades sede da Copa, tem “cumprido estritamente” o que foi estabelecido no edital e as solicitações da secretaria. “O consórcio tem feito um excelente trabalho”.

Até agora, o consórcio instalou e colocou em operação três centros em Brasília e no Rio de Janeiro. Mais cinco serão instalados em fevereiro, prevendo-se o restante até abril.

O gerente disse que existem desafios referentes a organizar  a execução de diversos projetos em paralelo com a cooperação de inúmeros fornecedores. “Esse é um grande desafio, mas a gente está conseguindo fazer a contento”.

Oliveira garantiu que o sistema vai estar completamente pronto para a Copa do Mundo. “E vai funcionar”. Ele destacou que existe, inclusive,  um programa de transferência de conhecimento ou de treinamento “bastante ousado”, para possibilitar que as localidades possam utilizar os equipamentos fornecidos da melhor maneira.

O gerente salientou que o Brasil tem ampla experiência com grandes eventos. Entre eles, citou a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, conhecida como Rio 92 ou Eco 92; os Jogos Pan-americanos de  2007, no Rio de Janeiro;  os Jogos Mundiais  Militares de 2011; a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, ou Rio+20, em 2012.

A diferença do projeto da Sesge, sublinhou, é que além de operar o evento da Copa do Mundo, há a preocupação em deixar um legado para a segurança pública, visando a atender à população após os jogos. “Nos projetos antigos não havia esse enfoque”. Ele enfatizou, nesse sentido, que os centros integrados permanecerão nas cidades e estarão prontos para atender à população no dia a dia.

Fonte: Módulo