Chamado de Ghost Security Group, coletivo tem voluntários espalhados pelo mundo e prefere atuar como espião em vez de derrubar contas no Twitter e grupos.

Um grupo formado por dissidentes do Anonymous disse que já ajudou a impedir um ataque terrorista do Estado Islâmico na Tunísia. As informações são da BBC.

De acordo com o coletivo intitulado Ghost Security Group, o suposto ataque aconteceria na ilha de Djerba e foi impedido após o grupo conseguir interceptar mensagens dos militantes do EI.

Formado por hackers insatisfeitos com o modo como o Anonymous lidava com ameaças de grupos terroristas, o Ghost Security Group possui voluntários nos EUA, Europa e Oriente Médio.

“Eles [Anonymous] não têm nenhuma experiência em contraterrorismo. Sentimos que não estávamos fazendo o suficiente e o ataque à Charlie Hebdo deixou claro que o EI não estava confinado ao Oriente Médio”, afirmou o diretor-executivo do Ghost Security Group em entrevista à BBC – ele pediu para não ter sua identidade revelada.

No entanto, o grupo diz utilizar uma abordagem diferente do Anonymous, que costuma fechar contas em redes sociais e atacar sites jihadistas com ataques DDos (negação de serviço). O modo de ação do Ghost Security Group, como o próprio nome indica, é mais parecido com um espião, monitorando conversas e mensagens dos terroristas no Twitter e em grupos de discussão, para depois compartilhar essas informações com serviços de segurança.

“Preferimos tentar impedir ataques a fechar sites”, diz o diretor-executivo. “Acho que ataques DDoS não causam muitos danos ao EI. O Anonymous está afetando alguns fóruns extremistas que podem ter um valor de inteligência, mas queremos que eles fiquem online para podermos ver o que as pessoas estão dizendo e reunir informações a partir daí”, afirma o porta-voz do Ghost Group.

Procurado pela reportagem da BBC, o FBI não quiseram comentar nada sobre o Ghost Security Group.

Vale notar que recentemente o próprio Anonymous declarou guerra ao Estado Islâmico após os ataques terroristas em Paris no dia 13/11, que deixaram pelo menos 130 mortos e dezenas de feriados.

Fonte: IDG NOW!