byodAutor: Cristina de Luca

A consumerização de TI e o BYOD continuam a crescer dentro das empresas brasileiras, impactados pelo aumento do contingente de usuários móveis. Em 2010, eles eram 24% dos empregados das empresas pesquisadas pela IDC e em 2013 passaram a ser 28%.  Outro indicativo importante: em 2012, 30% das empresas permitiam o acesso aos dados corporativos em smartphones pessoais e 27% em tablets. Esses percentuais subiram para 38% e 29% respectivamente.

A pesquisa ouviu CIOs e gerentes de TI em 151 empresas brasileiras, em sua maioria com mais de mil funcionários e dos segmentos de comércio, serviços, manufatura e governo, entre agosto e setembro deste ano. Dois dados chamam atenção:  apenas 40% dessas empresas fazem uso de plataformas  de gerenciamento de dispositivos móveis (MDM) para controlar dispositivos de uso pessoal no universo corporativo, percentual abaixo da média de outros países da América Latina (47%), principalmente considerando a Argentina (64%) e o Chile (45%); e as aplicações corporativas ainda são pouco usadas. Das empresas com mais de 250 funcionários, apenas 19% utilizam algum tipo de aplicação corporativa móvel, como CRM, ERP ou SFA. Nas empresas com menos de 250 funcionários, consideradas PMEs, esse número cai para 12%.

Na opinião de Freitas, a baixa adoção de ferramentas MDM no mercado brasileiro foi provocada por uma confusão conceitual. “Muitos lideres de TI não as viam como ferramentas para aumento da segurança, que deveria ser o principal fator para a adoção”, diz ele. Hoje, o mercado está mais maduro e a maior disponibilidade de produtos deve contribuir para o aumento do uso a partir de 2014.

Entre as empresas que já usam aplicações corporativas em dispositivos móveis, a maioria prefere fazê-lo nos tablets, cuja penetração tem crescido no mercado corporativo. A IDC estima que 14% do total de venda de tablets em 2013 irão para o segmento corporativo. No segundo trimestre de 2013, segundo outro estudo da consultoria, 18% das vendas de tablets já foram para o segmento corporativo e o governo. “E não podemos desconsiderar que uma parte importante dos outros 82% irão ser levados por seus donos para dentro do universo corporativo”, afirma Bruno Freitas, analista da IDC Brasil.

Na opinião de Freitas, o uso corporativo de tablets deverá aumentar de acordo com o avanço dos aplicativos de negócio disponíveis. “Verificamos que há bastante interesse por parte das empresas em adotar este tipo de aplicação, o que abre enorme oportunidades para as empresas de software”, diz ele. “Na nossa visão o desenvolvimento dessas aplicações é uma tendência clara”. A mensageria continua sendo hoje o grande apelo para a mobilidade. Em smartphones, o acesso ao e-mail (72%) e à Internet (63%) são os usos preferenciais.

Ainda segundo a pesquisa, a criação de políticas para gestão do BYOD é hoje o grande desafio para os CIOs e líderes de TI, para permitir que as empresas possam tirar proveito dos benefícios da consumerização, minimizando os riscos. “As grandes oportunidades das plataformas de  de nuvem, tecnologias sociais e big data estão na combinação de componentes de acordo com as necessidades de negócio. E a mobilidade passa a ser cada vez mais importante nessa equação, à medida que o foco dos profissionais passa a ser as atualizações em tempo real das informações relevantes para a tomada de decisão”, diz Freitas.

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Fonte: COMPUTERWORLD